ARNEIRO
Este projeto procurou compatibilizar a vontade do proprietário com a legislação e a morfologia da envolvente, corporizando as seguintes orientações:
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Encontrar uma solução de compatibilização com a envolvente,
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Recuperar o caracter simbólico da simplicidade da “habitação rural”;
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Depurar as características arquitetónicas formais reproduzidas pela vizinhança com principal relevância da população autóctone, através de elementos:
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Primários: a morfologia, a volumetria, a altura das fachadas, o cromatismo;
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Secundários: os muros.
Conservar a história através de elementos primários que, devido às suas caraterísticas e estado de conservação, justificam a sua manutenção.
O poder simbólico da “habitação rural” de estrutura simples e despojada. A sua reinterpretação face às novas formas de habitar, à tecnologia e conforto. As características morfológicas dominantes determinaram a volumetria deste edifício que surge isolado integrando formalmente a ruína existente e conferindo a esta envolvente novos usos. Este volume, que termina num telhado de duas águas, foi modelado seguindo os princípios de construção popular atuais, ao mesmo tempo que desafia os arquétipos rurais. A textura e o cromatismo das fachadas reportam a outras épocas, ao mesmo tempo que a tecnologia dos grandes vãos desafia a escala humana.